Crise, falta de grana, energia
elétrica cara. O que fazer?
O valor
que pagamos pela energia elétrica consumida por cada aparelho depende de da
multiplicação de três valores:
- O valor do quilowatt-hora;
- O tempo de uso dos aparelhos;
- A potência dos aparelhos.
Para pagar menos energia elétrica é necessário reduzir pelo menos um dos três
fatores sendo que o primeiro deles é determinado pelo governo e não nos cabe reduzir.
Por outro lado é possível reduzir a conta de energia elétrica reduzindo os
outros fatores, ou seja, devemos usar por menos tempo e usar aparelhos de menor
potência, quando possível.
Rendimento
Todo
equipamento elétrico produz várias formas de energia, algumas úteis, outras
inúteis para o objetivo de seu uso. Por exemplo, uma lâmpada tem a função de
produzir luz, mas também produz calor, e esse calor nos é inútil.
Acontece
que tudo o que o eletrodoméstico produz é convertido da energia elétrica que
ele consome e nós pagamos pela energia elétrica. Assim, pagamos pelo calor
produzido pela lâmpada, mesmo não sendo útil para nós. Se a lâmpada não
aquecesse ou aquecesse menos, e produzisse a mesma luz, consumiria menos
energia elétrica e pagaríamos menos por seu uso. Devemos então procurar comprar
lâmpadas que desperdicem menos. Quanto menos desperdício melhor. No caso
das lâmpadas a dica é usar lâmpadas fluorescentes, as chamadas compactas, ou
lâmpadas a led, que são ainda melhores que as fluorescentes.
Os aparelhos
eletrodomésticos que desperdiçam menos, ou seja que são mais econômicos, são
facilmente identificáveis através de um selo de economia afixado ao aparelho.
Ao comprar um eletrodoméstico devemos procurar pelo selo PROCEL, emitido pelo
INMETRO. Este selo classifica o eletrodoméstico em função de seu rendimento, ou
do quanto ele economiza energia elétrica se comparado aos outros. Os melhores
têm o selo A, seguidos pelos de selo B, C , D, E, F e G, sendo então esse
último o selo dos que mais desperdiçam. Este selo é encontrado em
eletrodomésticos de modo geral, da lâmpada à geladeira. Uma dica importante é
que o consumo mostrado nesse selo diz respeito a uma hora de uso diário. Então
para se saber quanto o aparelho consumirá deve-se multiplicar o valor informado
pelo tempo de uso diário.
Outra
importante dica é concentrar os cuidados de economia nos aparelhos que mais
consomem. Um dos vilões do consumo de energia elétrica residencial é o chuveiro
elétrico. Deve-se evitar o uso do chuveiro na posição “inverno”, que consome
mais energia que a posição “verão”. Claro que esquenta menos também, mas
pode-se compensar isso reduzindo a vazão d’água: menos água resultará em maior
temperatura, sem maior gasto de energia elétrica. Naturalmente que banhos mais
rápidos também economizam energia se comparados a banhos demorados. Ou seja,
banho rápido na posição verão é boa economia, banho longo na posição inverno é
prejuízo certo.
Mito
Há um mito em relação à energia
elétrica que diz que um aparelho que funciona em 220V é mais econômico que um
aparelho de 127V.
O que determina o gasto do aparelho
é sua potência e não sua tensão.
Assim um aparelho de 2200W por
exemplo gasta a mesma coisa, seja de 220V ou de 127V.
Acontece que para conseguir mesma
potência o aparelho de 127V tem corrente 70% maior que o aparelho de 220V, o
que exige condutores mais grossos para o aparelho de 127V
, e por verem condutores mais
grossos as pessoas concluem erroneamente que o aparelho de 127V consome mais
energia elétrica.
Numa próxima postagem abordarei
outras dicas para redução da conta de energia elétrica.
Maurício Franco
Professor de eletrotécnica
profranco@gmail.com